TOMADA DE POSIÇÃO DA AIP
CONFLITO LABORAL NOS PORTOS
A AIP considera que o prolongamento da paralisação do trabalho portuário, nomeadamente no Porto de Lisboa, tornou-se insustentável. Não existe justificação para o agravamento das condições de laboração, em particular, no principal porto nacional. É visível o repúdio de todos os sectores da economia portuguesa pelas posições assumidas pelos sindicatos e pela insensibilidade demonstrada face aos interesses do país.
O governo terá de voltar a aumentar o número de horas de trabalho de serviços mínimos, de forma a tornar operacional o Porto de Lisboa. Caso não seja cumprido ou se torne insuficiente, deverá decretar a requisição civil, dados os superiores interesses colectivos do país.
A AIP alerta ainda que o grande objectivo das empresas exportadoras é a redução dos custos das operações portuárias e o aumento da competitividade dos portos nacionais. A eventual resolução deste conflito nunca poderá passar pelo agravamento da factura portuária, suportada pelo sector transaccionável da nossa economia.
Finalmente, a AIP considera que este conflito demonstra que a situação de emergência nacional que o país atravessa, e que alguns teimam em não compreender, torna inadequada e de urgente reformulação alguns preceitos do contrato social existente no país, como é o caso do exercício irrestrito do direito à greve.